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Arquitetos: Ubik Architecture
- Ano: 2021
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Fotografias:Alessandra Chemollo
Descrição enviada pela equipe de projeto. A arquitetura da nova vinícola IL Quinto, nas colinas de Magliano, Toscana, pretende entrar em mimese com a paisagem e ser descoberta pouco a pouco à medida que se atravessa a fazenda que a acolhe, evitando qualquer tentativa monumental.
Por meio de um estudo cuidadoso da paisagem, a vinícola foi posicionada para maximizar a sua integração no campo, reduzindo as escavações. Com efeito, a sua volumetria enquadra-se na rede viária existente ao reagrupar os vários percursos em diferentes cotas, evitando a construção de novas vias, na consciência de que em tal contexto natural estes elementos podem ser mais impactantes do que as edificações.
A nova arquitetura da vinícola é gerada através das linhas da paisagem existente. Uma ideia que o visitante pode ler claramente nas faixas metálicas que caracterizam a edificação, as quais mudam de sentido à medida que fluem, transformando-se em caminho, parede, telhado, até se fundirem novamente na rede viária da fazenda.
Ao chegarmos à propriedade somos rodeados pela paisagem verdejante da Maremma e a vista abre-se para o promontório do Argentario. O que parece ser uma colina entre tantas outras, é a entrada da vinícola que se ergue do solo. A fachada, feita em pedra das próprias escavações e elementos em aço corten, funde-se com as cores da paisagem circundante. Esta opção arquitetônica enaltece a procura por soluções sustentáveis que não se limitam aos elementos técnicos e tecnológicos, mas que incluem conceitos de utilização e reutilização de materiais locais e tradições construtivas.
Caminhando pela fazenda vemos como a fachada da edificação parece abraçar as linhas dos vinhedos. Os telhados verdes foram projetados a fim de garantir espessura adequada para plantar arbustos locais e gerar uma cobertura de flores.
Uma vez na entrada, a recepção e a sala de degustação abrem suas grandes janelas para o campo. As linhas internas são nítidas e limpas, visando realçar a textura dos materiais selecionados, como madeira, pedra e concreto aparente.
Da entrada, uma escada ladeada por um muro de pedra leva ao nível inferior, onde encontramos os barris, com paredes de concreto aparente e piso em resina vermelha. A escada traz a luz que muda ao longo do dia, criando ambientes em constante transformação.
Desse espaço descemos até o último nível através da escada metálica que nos leva de um local cênico, como a adega com os barris, a um local mais técnico e de trabalho. Estas divisões se caracterizam, à semelhança das anteriores, pelo concreto nas paredes e teto e pela resina vermelha no chão, onde o aço dos equipamentos e as grandes janelas conferem um espaço de trabalho que não perde o seu encanto e mantém o contato com o interior.
Os fluxos foram planejados para manter a funcionalidade entre os níveis da sala de fermentação, a adega de barris e as áreas externas, ambientes facilmente gerenciáveis e utilizáveis para as fases de vindima e processamento, permitindo que as uvas caiam por gravidade através de escotilhas.